Oi, pessoal. Divertiram-se e aprenderam com as questões envolvendo charges, tiras e cartuns ? Particularmente, acho esta uma parte muito gostosa e leve da prova do ENEM...
Esta abaixo você compreende por inteiro?
Roteiro de hoje (dia 3/150):
1) Ler o texto "100 mil mortos é um marco importante, porém impreciso", adaptado da Folha de S. Paulo
2) Destacar de 5 a 7 pontos importantes do texto, principalmente se forem novos para você, assim estará embasando melhor seu conhecimento sobre esta pandemia que vivemos.
Bom trabalho aí!
100 mil mortos é um marco importante, porém impreciso
"Errados, mas úteis” é o título de artigo publicado pela epidemiologista Caroline Buckee, pesquisadora da Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard. Como não sabemos exatamente o número de pessoas infectadas, pesquisadores precisam fazer exercícios estatísticos com os dados disponíveis para tentar mostrar a velocidade do contágio e fazer outras predições.
No Brasil, a contabilização via secretarias estaduais de Saúde, base usada pelo consórcio de imprensa e também pelo Ministério da Saúde, aponta para 100 mil óbitos decorrentes da pandemia.
É uma marca importante, que desperta a oportunidade de fazer um balanço da extensão da doença, das ações de gestores e da população. Mas foi agora mesmo que se chegou aos 100 mil mortos no Brasil? Categoricamente, não.
Especialmente no começo da epidemia, como faltavam testes, houve óbitos por Covid-19 não registrados. Faltaram reagentes, equipes treinadas para fazer a coleta e laboratórios para analisar os testes em tempo hábil, o que causou falsos negativos.
Estimativa feita pela Folha no fim de maio mostrou que o número de mortos pelo coronavírus àquele momento poderia ser mais que o dobro do que se registrava oficialmente.
Tem havido também dificuldades na alimentação nas bases de dados pelo país —como número de casos e de mortes oficiais por dia—, que causam graves oscilações. Modelos estatísticos podem atenuar esses problemas, mas eles podem ser insuficientes quando há variações drásticas nos dados.
Há ainda mudanças tomadas ou ao menos almejadas por governos que, deliberadamente, visavam reduzir a impressão da extensão da doença —como fez o governo federal em junho, ao ameaçar sonegar dados e retirar do ar por alguns dias o portal que reunia os números da Covid-19 no país.
Influencia a análise também o desencontro de informações. Números divulgados por prefeituras não batem com aqueles informados pelos estados sobre essas mesmas prefeituras, seja por diferenças em metodologias, seja porque há atraso no repasse de informações.
Cada indicador tem suas vantagens e limitações e, muitas vezes, apontam para direções diferentes (seja por problema com os dados, seja por fatores ainda incompreensíveis mesmo para especialistas).
Essa confusão de informações desemboca numa sociedade ávida por entender a pandemia, mas com cada vez menos tempo para ler uma reportagem completa ou um informe, e então se perde a possibilidade de captar as nuances de determinados resultados.
O ponto é que não é possível dar uma resposta clara e categórica sobre a situação da pandemia.
(Adaptado da Folha de S. Paulo)
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Até amanhã! Professora Lou

Priscila
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